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Ex-capitão do BOPE alerta que proibição do vape fortalece o crime organizado

Rodrigo Pimentel afirma que a falta de fiscalização transforma o mercado ilegal de cigarros eletrônicos em fonte bilionária para facções criminosas.

Rodrigo Pimentel, ex-capitão do BOPE e um dos autores de Tropa de Elite, trouxe novamente ao debate nacional a ligação entre o mercado ilegal e a segurança pública. Ele argumenta que a proibição e a falta de fiscalização transformaram os vapes e cigarros contrabandeados em importantes fontes de renda para facções criminosas como PCC, Comando Vermelho e Terceiro Comando.

Segundo Pimentel, o combate ao comércio clandestino de cigarros eletrônicos poderia atingir diretamente o caixa dessas organizações, sem necessidade de confronto armado. “Se você quer dar um porradão no Comando Vermelho hoje, sem dar nenhum tiro, me dá o vape pra cá”, afirmou em vídeo divulgado nas redes.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantém desde 2009 a proibição da venda e importação de dispositivos eletrônicos para fumar. A medida, baseada em riscos à saúde, foi reforçada em 2024. Mesmo assim, o número de apreensões de vapes pela Receita Federal segue crescendo, revelando a força de um mercado paralelo bilionário.

Pimentel critica a incoerência entre a proibição sanitária e a entrada dos produtos no país, apontando que a ausência de controle efetivo alimenta disputas territoriais e a exploração de jovens no comércio ilegal. Para ele, o tema vai além da saúde pública: é também uma questão de segurança e economia do crime.

O ex-oficial defende que combater esse tipo de contrabando seria uma forma eficaz de enfraquecer financeiramente o crime organizado, desde que acompanhado de ações integradas entre Anvisa, Receita Federal e forças de segurança

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